terça-feira, 23 de dezembro de 2008


NO ACTO DE DESMOIRAR

Julgo sem margem de erro, poder afirmar que li tudo quanto se publicou, ou anotou, sobre as Embarcações (Tradicionais) da ria de Aveiro.


Creio poder pois dizer, que muito poucos as olharam, senão e apenas para as reproduzir em palavras poéticas e ou fotografia.

Raros foram os que as apreciaram – ou catalogaram – estudando-as, justificando ou produzindo prova do traço identitário, da técnica naval patente em todas elas, para assim demonstrar que as suas formas resultaram, apenas e só, da necessidade de dar uma resposta cabal às exigências da intervenção do homem sobre o meio geográfico, para o virar a seu favor.
Constatei haver muito muitos eruditos – e depois dezenas de citadores dos mesmos - que tentaram arranjar inspiração para algumas delas (Moliceiro, Meia-Lua) nas catacumbas da história e nos lugares mais longínquos, para justificarem, assim, inspiração para as formas arrebitadas das mesmas. Algumas dessas referências – ou quase todas – só foram possíveis por uma clara ignorância de quem viu a árvore e não deu conta da floresta.
Para estudar a genialidade da Mestrança Naval Lagunar havia pois:

-Identificar as embarcações símbolos
- Fixar (finalmente!) a data da sua aparição na Laguna
-Identificar as especificações (caderno de encargos) a que cada uma obedeceu
-Estudar e fixar as suas formas geométricos, de um modo rigoroso
-E com o apoio das novas tecnologias, reproduzi-las para fins museológicos.

Foi essa a tarefa sobre a qual nos debruçámos nestes últimos anos

O Blog MESTRANÇA NAVAL LAGUNAR, adianta pois, fragmentos da imensidão de informação a que nos propusemos dar forma.

Oxalá desperte interesse nos potenciais leitores, até que o trabalho possa, em toda a extensão, poder ser disponibilizado ao público em geral.


Senos da Fonseca

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